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SOJA CONVENCIONAL

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A área cultivada de soja no Estado de Minas Gerais sofreu  considerável aumento nos últimos anos. Essa expansão ocorreu sobretudo nas áreas de pastagens e em locais onde anteriormente eram cultivados milho e café com pouca produtividade. A produtividade no Estado é superior a 2000 kg/ha.

Preparo do Solo

Na cultura da soja predomina o plantio convencional. Outros dois sistemas, cultivo mínimo e plantio direto, que reduzem ou dispensam o preparo do solo, são adotados em menor escala.

O preparo do solo visa oferecer as seguintes condições para a cultura:
. espaço no solo que favoreça a rápida e uniforme germinação de sementes;
· ambiente no qual as raízes possam obter umidade e nutrientes;
controle das ervas daninhas;
· uniformidade do terreno, para facilitar o trabalho eficiente da máquina agrícola usada na lavoura.

Uma aração, duas ou mais gradeações e a uniformização da superfície do terreno geralmente são utilizadas no preparo do solo. Estes procedimentos são  suficientes para  revolver a terra  e a destruir os torrões e, assim, garantir a eficiência da emergência das plantas.

Costuma-se ainda nivelar o solo utilizando a grade niveladora ou um pranchão de madeira preso à grade comum, visando eliminar variações da sua superfície, o que aumenta a eficiência de operação das semeadouras, bem como de outras máquinas e implementos empregados.

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Plantio Direto

O plantio direto consiste na instalação da cultura sem revolvimento do solo. É possível em terrenos já sistematizados pelo plantio convencional. A eliminação de ervas daninhas no plantio direto é realizada com o emprego de herbicidas,  e, quando necessário, depois da emergência da soja.

Em Minas Gerais, a soja tem sido cultivada sobre esse sistema de preparo do solo, principalmente sobre a palhada do milho. Contudo, em áreas de primeiro cultivo deve-se utilizar o cultivo tradicional.

Nesse tipo de cultivo, é interessante que se faça a rotação de cultura, visando reduzir o potencial de doenças e o controle de plantas daninhas.

Espaçamento no Plantio

O espaçamento entre linhas na cultura da soja varia com o ciclo vegetativo do cultivar. Mas é importante buscar informações na instituição que o desenvolveu. Os cultivares precoces são semeados no espaçamento de 36 a 45 cm entre fileiras. No caso dos demais cultivares,  recomenda-se o espaçamento de 60 cm,  podendo ser reduzido para 50 cm se houver atraso do plantio, com 12 a 18 plantas/m.

A quantidade de semente usada por hectare depende do espaçamento adotado. Em geral, gira em torno de 60 kg quando o espaçamento é de 60 cm.

O excesso de plantas, além do gasto desnecessário com sementes, também implica  risco de aumento do acamamento, o que dificulta a colheita mecanizada.  As falhas também devem ser evitadas, uma vez que aumentam o potencial de plantas daninhas.

Cultivares Adequados

Recomenda-se que os cultivares escolhidos tenham Valor de Cultivo e Uso (VCU) para o estado em que serão plantadas. Recomenda-se obter ainda  sementes de fornecedores credenciados, que possam oferecer garantia pelo produto.

Calagem e Adubação

Para o bom manejo da fertilidade do solo, inicialmente deve-se fazer análise química deste, pois as recomendações de calagem e adubação somente deverão  ser realizadas após essa análise.

A calagem é importante, principalmente em solos de cerrado que são muito ácidos e  pobres em Ca e Mg. Este procedimento é realizado incorporando-se o calcário.

O calcário deve ser aplicado pelo menos 90 dias antes do plantio. Algumas características do produto como granulação mais fina e  parcelamento de sua incorporação, antes e depois da aração, aceleram e melhoram o seu efeito.

A soja é uma planta bem exigente quanto a sua nutrição mineral, sendo o nitrogênio é o elemento  requerido em maior quantidade. Porém, a resposta da adubação nitrogenada não é boa, uma vez que a obtenção desse nutriente é por meio da fixação biológica, por rizobactérias; portanto,  para melhorar a absorção de nitrogênio, é necessária a inoculação das sementes com essas bactérias.

O fósforo é de particular importância na a produção de soja. Em nossos solos, geralmente pobres desse elemento, grandes quantidades de fertilizantes fosfatados são necessárias para obtenção de elevados rendimentos. Além da questão nutricional, o fósforo melhora o desenvolvimento radicular, o que influencia no desenvolvimento de toda a planta.

O potássio e importante por auxiliar na maior retenção da vagem na haste, na redução da deiscência e na melhoria da qualidade das sementes.

Os micronutrientes também são essenciais para a produção da cultura. A sua deficiência, como no caso de Mo, pode afetar negativamente a fixação biológica de nitrogênio.

Deve-se ressaltar que a fonte  de nutrientee sua quantidade, seja macro ou micronutriente devem ser recomendadas somente por um engenheiro-agrônomo credenciado e sob criteriosa análise química do solo.

Plantas Daninhas

A soja não tolera bem a competição com outras culturas, que podem ser competidoras por água, luz e nutrientes, principalmente nos primeiros 30 dias após a emergência da planta. Depois desse período, a soja apresenta um rápido desenvolvimento, o que por si só promove o controle das plantas daninhas.

O controle pode ser feito de várias formas, inclusive por meio de sementes livres de propágulos de plantas daninhas e limpeza dos implementos utilizados no terreno. Por meio de rotação de cultura, utilização de espaçamento adequado e pela capina química, mecânica ou manual.

Colheita

A soja é colhida após a queda das folhas, com haste e vagens secas e com cerca de 14% de umidade nos grãos. Quando a produção é destinada ao fornecimento de sementes, é colhida com um pouco mais de umidade.

Na colheita, é normal haver perda de grãos, que, todavia, será pouco expressiva se alguns cuidados forem observados na condução da cultura e nas operações desta.
· usar cultivares adaptados à região (de porte e altura de inserção da vagem satisfatórios, não sujeitos ao acamamento) e pouco suscetíveis à debulha;
· fazer o plantio na época certa;
· preparar devidamente o solo;
· adubar convenientemente a cultura;
. observar a densidade de plantio recomendada;
· controlar plantas daninhas e pragas; e
· colher na época certa, sem retardamento demasiado.

Fontes

T. J. de Paula Júnior & M. Venzon: 101 Culturas – Manual de Tecnologias Agrícolas. EPAMIG, Belo Horizonte. 800p. 2007.

http://garoupa.cnpso.embrapa.br/producaosoja/manejo.htm

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